Festival de horror exibiu uma ótima programação pra as pessoas que queriam fugir das folias que invadiram as ruas
Por Michelle Gaio Machado e Alexandre Pereira da Silva Greco
A Grotesc-O-Vision, opção no Carnaval curitibano para os que fugiam da folia, exibiu filmes independentes que surpreenderam o público. O evento, ocorrido entre os dias 13 e 15 de fevereiro no teatro Cine Gloriah teve uma média de público de 35 pessoas por sessão. A mostra contou com grandes exibições como "Judas Ghost" e "As Fábulas Negras".
Em sua terceira edição, o festival teve uma ótima aceitação pelo público. Otávio Pereira, gerente de projetos de 35 anos, afirma que o festival é uma ótima opção para quem quer fugir do carnaval. "A ideia é sensacional, pois reúne grandes diretores e produtores do cinema alternativo", diz.
O público diverso apreciou os filmes exibidos. Deslaine Silva, de 16 anos, assistiu ao filme "Judas Ghost". "Gostei especialmente de três partes do filme: quando a garota cai no poço de sangue, quando ela vai na janela e ele a puxa e depois é puxado por ela, e a parte da escuridão na qual ela anda até um local que começa a queimar em volta do círculo. Recomendo o filme a todos". Já o comerciante César Nova, que assistiu ao mesmo filme, tem outra opinião. "O filme é muito bom, muito técnico, mas no final ele se perdeu um pouco. Legal é ver o que o cara consegue fazer com quatro personagens e um cenário".
Nossos repórteres analisam alguns dos destaques da Grotesc-O-Vision:
- “A Fábulas Negras” (2015), dos diretores Joel Caetano, José Mojica Marins, Peter Baiestorf e Rodrigo Aragão.
O longa trabalha sob uma abordagem de quatro diretores de terror brasileiros, discorrendo sobre lendas e histórias de terror brasileiras contadas por um grupo de meninos que brincam na mata e buscam assustar uns aos outros. Em sua história, o filme apresenta a valorização do folclore brasileiro, à medida que também aborda elementos culturais de algumas regiões, como problemas sociopolíticos. Apesar de independente e com baixo orçamento, apresenta uma abordagem única e promissora, podendo ser o início de uma identidade para os filmes do gênero no Brasil, algo que fuja do padrão hollywoodiano.
- "Manda-la Night Clube” (2014), de 33 min, do diretor Lula Magalhães.
Baseado em na história de um serial killer dos anos 1970, o filme mostra o duro e cruel mundo das prostitutas, ao mesmo tempo em que te convida a compartilhar da sádica psicose que vive o protagonista. Um rude grupo de prostitutas à espera de clientes é contatado pela representante de um cliente anônimo, que promete um alto pagamento por três acompanhantes. Elas aceitam alegremente sem saber que teriam tomado a pior decisão de suas vidas.
Veja fotos do evento:
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