Culinária diversificada, música latina e rock’n roll embalam a 3ª edição da maratona cultural no Empório Soho.
Por Natália Bruckner
Quem gosta de música e culinária pôde prestigiar neste
sábado, das 18h às 21h, na Praça da Espanha, a variedade gastronômica vinda de diversos
bares e restaurantes de Curitiba. A chuva não espantou quem desejou apreciar a comida, oferecida em mais de 30 estandes, e a música cubana, seguida de rock,
com os shows das Bandas El Merekumbé e Jammers.
As opções oferecidas na Praça da Espanha para a 3º Virada de
Curitiba atraiu pessoas que moram na cidade e fora, que vieram pelo
movimento nas ruas, pela arte e pela música. O estudante Caetano Negrão mora próximo à Praça da Espanha e marca
presença na Feira Gastronômica e nos shows do local há bastante tempo “Dá para conhecer
e aproveitar o que os restaurantes têm para nós”. Como já frequentou grande
parte dos eventos realizados na praça, Caetano já fez sua avaliação sobre a
estrutura disponível na feira e nos shows. “Agora tem as mesas e cadeiras para
as pessoas comerem. O número de banheiros e a coleta de lixo ainda precisam de
melhoras. Não é o suficiente”, conta. A seguir, outro visitante da feira, Rafael
Borges, reclama “A fila do banheiro está gigante. Tem apenas dois banheiros
masculinos, e dois femininos”.
Apesar das deficiências nas instalações do evento, a
diversidade culinária e a música animada no local conquistou admiração. O trio
de amigos, Arnaldo Junior, Marcelino Canelada e Dirceu Rezende Filho
compareceram também nas outras edições da Feira Gastronômica da Virada Cultural,
e garantem que querem mais. “Particularmente, é um fomento grande para a
cultura curitibana, por unir gastronomia, tecnologia e arte. Eventos como esse
precisam de incentivo, pois refletem a essência da cultura do Paraná”, enfatiza Rezende Filho. Já para o jornalista e publicitário Guilherme Sell, a vantagem da
Virada Cultural está no acesso aos shows “É uma oportunidade enorme para ver
artistas que, em geral, cobram caro pelas suas apresentações. Vale a penas pegar
uma chuvinha para assisti-los”.
Entre risotos, sashimis, talharins e demais itens ofertados pela
deliciosa variedade gastronômica na feira do local, um dos destaques foi o
brigadeiro de colher, embalado em charmosas panelinhas coloridas, da grife de
chocolates finos Rose Petenucci. A vendedora Dirce Graboski disse que o
produto tem ótima aceitação, principalmente devido a sua apresentação. “As panelinhas atraem a curiosidade de todos e
apetecem o olhar. É a terceira vez que estamos expondo na feira, e o pessoal
sempre aprecia bastante”.
Entre os ritmos que agitaram o movimento da Virada Cultural
na Praça da Espanha, pode se citar o ritmo da música tradicional cubana do El
Merekumbé. A banda, formada por músicos brasileiros e cubanos, que tem 13 anos
de carreira e faz apresentações em bares da cidade, participou pela 1ª vez de
uma Virada Cultural. Segundo o vocalista e percussionista Ariel Mujica, o
grupo, que está habituado a se apresentar em casas noturnas, foi muito bem
recebido pela plateia, que contou com vários amigos e conhecidos do grupo. Mujica
também comentou a importância da riqueza de musical que se vê em Curitiba “Quem
vive nesta cidade sabe a diversidade de ritmos que há por aqui. Você sai à noite e pode escolher que tipo de música vai querer ouvir e dançar. Estamos
batalhando por um espaço dentro desse contexto, mantendo o ritmo e a tradição da
música cubana, sem desviar para o pop”, conta ele, que apresentou canções de autoria própria, além de covers,
como da banda Buena Vista Social Club.
Segurança
Com o movimento intenso na praça e nos bares ao redor, uma
ambulância estava de prontidão para prestar atendimento de primeiros socorros,
em casos de emergência. Segundo o socorrista Cortellete, a situação no local
seguiu tranquila, e apenas um atendimento foi prestado “Uma senhora teve pressão
alta, foi atendida aqui e depois levada a um hospital, pelo filho”. O
socorrista também explicou como é o procedimento de cata de pacientes: “Em
eventos como esse aqui, muita gente
passa mal com embriaguez. Nós não vamos atrás de quem está mal, pois devemos
ficar na ambulância, eu e o enfermeiro. Geralmente quem traz o paciente são os
amigos, ou conhecidos. Chegando aqui, começa a prestação de socorros,
imediatamente”. Em seguida, Cortellete mostrou o seu local de trabalho, o
veículo adequadamente equipado com diversos equipamentos para atendimento de
emergência, incluindo maca e desfibrilador.
A movimentação dos shows, dos bares e da Feira de
Gastronomia seguiu tranquilamente. Às 21h, quase no final do evento, não houve
nenhuma ocorrência policial, segundo o Cabo Rogério da Polícia Militar do
Paraná. A Virada na Praça da Espanha contou com o patrulhamento de uma viatura
da Polícia Militar, com seis homens, e uma viatura da Guarda Municipal de
Curitiba.
Moda
A culinária e a música não foram as únicas manifestações presentes
no evento. A moda também marcou seu lugar na praça com o estande de peças da
gripe Jefferson Kulig. Segundo, o
estilista, as pessoas esperam encontrar coisas diferentes em eventos, por mais que não comprem nada. “A família gosta. As mulheres se aproximam
curiosas até as peças. O pai as mostra aos filhos, que gostam das estampas de
bichos”. A marca participa da Virada Cultural pela terceira vez.
Fotos de
Natália Brückner
Delícias da Feira Gastronômica da Virada Cultural, no Empório Soho.
Delícias da Feira Gastronômica da Virada Cultural, no Empório Soho.
O brigadeiro de colher da grife de chocolates finos Rose Petenucci.
Show com a banda El Merekumbé.
Show com a banda El Merekumbé.
Lixo espalhado na Praça da Espanha prova a deficiêcia ainda presente na infraestrutura da Virada Cultural.
Show com a banda Jammers
O socorrista Cortellete mostra o interior da ambulância onde presta atendimento de emergência.
Movimentação intensa na Feira Gastronômica no Empório Soho.
Lixo no chão, durante o evento.
Estande da grife de roupas Jefferson Kulig.
Jefferson Kulig no estande de camisetas da grife.
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