Vinda de Curitiba, a família de Andréa aproveitou o show da Guaratubanda |
O penúltimo dia de carnaval em Guaratuba, nesta segunda-feira (3), contou com a presença de aproximadamente 500 mil pessoas, de acordo com os organizadores do evento. Sob o comando do deputado estadual Nelson Justus, os foliões acompanharam os dois trios elétricos, que saíram da Praia Central e foram até o final da Avenida 29 de Abril. Na frente, o som da tradicional banda de Guaratuba – a Guaratubanda - e, no segundo trio elétrico, Fernanda Liz fazia o povo cantar e dançar, com sua alegria contagiante.
Justus, que juntamente com um grupo de amigos fundou a banda há 32 anos, falou - em entrevista concedida antes do início da apresentação dos trios elétricos - do seu espanto ao ver a proporção que teve aquela brincadeira que acabou dando certo. “Hoje contando com o apoio do governo do Estado, da prefeitura de Guaratuba e de alguns empresários, o trio faz com que brinque a criança, a vovó, o vovô, o adulto. Todo mundo brinca. É o carnaval mais democrático que eu já vi”, afirma.
Justus, que juntamente com um grupo de amigos fundou a banda há 32 anos, falou - em entrevista concedida antes do início da apresentação dos trios elétricos - do seu espanto ao ver a proporção que teve aquela brincadeira que acabou dando certo. “Hoje contando com o apoio do governo do Estado, da prefeitura de Guaratuba e de alguns empresários, o trio faz com que brinque a criança, a vovó, o vovô, o adulto. Todo mundo brinca. É o carnaval mais democrático que eu já vi”, afirma.
Além
dos trios elétricos, todos puderam apreciar o desfile da Escola de Samba Unidos
de Guaratuba. Joel Rodrigues, mais
conhecido como “Boto”, 44 anos, é guaratubense e está à frente da escola como
mestre desde 1992. Com a animação dos músicos e da madrinha da bateria, a multidão
cantava e dançava ao som dos instrumentos, enquanto seguiam juntos em direção
ao centro. Dentre os foliões estavam Andréa
Meuwien e o marido, que vieram do bairro Pilarzinho, em Curitiba, com os dois
filhos. Fantasiadas, as crianças aguardavam ansiosas a apresentação da
Guaratubanda que, como os pais, veriam pela primeira vez. Sobre a organização
do evento, Andréa disse ter sentido falta de uma matinê infantil, além de ter
encontrado certa dificuldade de acesso aos banheiros químicos.
Ao
final da apresentação da Escola de Samba Unidos de Guaratuba, fomos ao encontro
de Alessandra Tayer. Apresentando-se à frente da Escola e usando uma fantasia
cheia de plumas e paetês, Alessandra conta que já desfilou em outros carnavais,
sendo esta a segunda vez que desfila em Guaratuba. Porém, mesmo declarando
estar satisfeita com a festa, reclama da falta de organização e de segurança
para os que dividem o espaço com o público. “A gente que fica fora (do cordão de isolamento) precisa de um
pouco mais de proteção”, conclui.
Thiago,
48 anos, é de Curitiba, mas também tem casa em Guaratuba e esteve todo o tempo
à frente da bateria, junto com Alessandra. Ele conta que teve problemas com
alguns foliões mais exaltados que danificaram sua fantasia e reclamou da falta
de apoio por parte da prefeitura. “A gente se monta, se veste, tenta fazer o
show... Mas, falta segurança, falta atitude da prefeitura para tentar dar apoio
a nós, os carnavalescos de rua. Nós nos viramos com as fantasias, com os
designers, tudo pelo amor à arte do carnaval”, desabafa.
Com uma peruca do tipo Black Power e roupas coloridas, ninguém reconheceria Paulo Caponi, 44 anos, que é empresário do setor de construção. Paulo aproveitava o carnaval no camarote da Casa Rosada. Ele e o genro - também muito animado e fantasiado com uma máscara - se divertiam na companhia das esposas e de amigos. Marlon Ziliotto, 25, há seis anos vem de Curitiba para ver o carnaval de Guaratuba. “Conheço o carnaval de Itapoá, mas aqui é melhor porque tem o trio elétrico e mais agito”, diz Ziliotto.
Com uma peruca do tipo Black Power e roupas coloridas, ninguém reconheceria Paulo Caponi, 44 anos, que é empresário do setor de construção. Paulo aproveitava o carnaval no camarote da Casa Rosada. Ele e o genro - também muito animado e fantasiado com uma máscara - se divertiam na companhia das esposas e de amigos. Marlon Ziliotto, 25, há seis anos vem de Curitiba para ver o carnaval de Guaratuba. “Conheço o carnaval de Itapoá, mas aqui é melhor porque tem o trio elétrico e mais agito”, diz Ziliotto.
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Seu Jurandir aproveita o carnaval para ganhar um dinheiro extra |
Longe
do “fervo”, mas próximo dali, estava o Sr. Jurandir Pereira da Silva, 75.
Aposentado, mas ainda trabalhando na prefeitura, era ele quem bloqueava uma das
ruas de acesso, na altura da Casa Rosada, ajudando na organização do evento.
Esbanjando simpatia, “Seu” Jurandir (como é conhecido) estava feliz com a
movimentação do carnaval - pela festa em si e pela renda extra que lhe
proporcionava. “Ah, o movimento está bom demais. Nossa! Esse ano está dobrado”,
afirmou, comparando aos outros anos, nos quais também trabalhou. Animado, nem
parecia que o “Seu” Jurandir só iria para casa descansar por volta das quatro
horas da manhã, pela terceira noite seguida.
E,
assim, tivemos a oportunidade de conhecer um pouco de algumas pessoas que, de
uma forma ou outra, fazem parte do carnaval de Guaratuba. Cada qual com seu
quinhão, pessoas ilustres ou pessoas simples, mas unidas por um mesmo ideal.
Enfim, é uma época do ano em que todos se tornam personagens importantes, ao
doarem o seu brilho especial a uma festa cheia de encanto e magia.
Veja mais fotos do carnaval em Guaratuba:
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