Mesmo com a briga que terminou com quatro feridos por esfaqueamento no início da noite anterior, a sensação era de euforia e bem-estar entre os que estavam no último dia do Curitiba Rock Carnival. Em plena segunda-feira (3), a movimentação se deu independente da preferência musical: se era rockabilly ou ska, se era surf music ou punk rock. O que fez com que todas aquelas pessoas se reunissem para prestigiar o feriado no estacionamento da câmara municipal era o amor pelo rock-’n-roll e vontade de fugir da mesmice do carnaval tradicional.
Por volta das
16h, subiu ao palco “Lendário Chucrobillyman”, a “monobanda” composta por Klaus
Koti que toca simultaneamente bateria, kazoo (instrumento de sopro que atribui
um zumbido ao vocal), guitarra e um megafone para cantar e vai do punk e blues
ao rock de garagem. “Achei a estrutura muito boa, pois eles fizeram essa coisa
paralela ao Psychocarnival, que é mais anos 60, com bandas de outras vertentes
do rock”, diz Koti.
O
multi-instrumentalista também afirma que Curitiba pode-se tornar um ícone onde acontecem
eventos diferentes de outros estados, como, por exemplo, no carnaval. “Isso é muito
importante para o brasileiro. Ele tem que ter a opção de descobrir outras
culturas e não ser um ‘escravo do carnaval’ e ter que ficar pulando com
serpentina”, afirma.
O evento, que
reuniu 21 bandas gratuitamente, atrai participantes de todo o Brasil. É o caso
da jornalista brasiliense Roberta Ramos, 39 anos. “É a segunda vez que venho
para este evento. Não gosto de bloquinhos de carnaval, então vim atrás de um
carnaval rock’n roll, pois é o que escuto”, conta.
Outra história
parecida é de Juliana Boiger, designer, 23 anos. Mudou-se para São Paulo há três
anos e desde 2007 participa Psychocanival e, este ano, do Rock Carnival. “Vim
só para o carnaval e faço questão disso. Estou ansiosa para as atrações internacionais
e o mais legal é que é de graça”, afirma. Ao ser questionada sobre a quantidade
de pessoas, ela dá ênfase à segurança do evento. “Briga sempre vai ter, é
difícil evitar mesmo com policiamento e ainda mais com esse tanto de gente. Vi
muitos policiais abordando menores de idade com bebidas alcoólicas nas mãos e
achei isso ótimo, tem que haver fiscalização mesmo”, diz.
Depois, às
17h20, chegou a vez da banda curitibana “Mistery Trio” fazer a galera dançar ao
som rockabilly. Logo após, tocaram os ingleses mais esperados do dia, a banda
“The Sharks”, que pela primeira vez esteve em solo brasileiro.
E o último show
do último dia do Curitiba Rock Carnival foi ao som country-rock da “HillBily Rawhide”
e fez muita gente ficar com saudade do carnaval curitibano. Mark Claverson,violinista
e vocal da banda, afirma que quem não gosta do carnaval do samba, foge para a
capital paranaense. “Curitiba tem um carnaval mais rock’n roll, apesar de que
também tem samba e marchinhas, mas é mais diversificado, não tão focado no
padrão”, conclui.
Veja mais fotos do último dia do Curitiba Rock Carnival:
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