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Muro grafitado durante a Gibicon, no Portão Cultural. |
Projeto live paint
chamou a atenção do público durante o terceiro dia da Convenção
Internacional de Quadrinhos de Curitiba
Texto e fotos de
Marseille Marés Nachreiner
Durante a Gibicon
– Convenção Internacional de Quadrinhos de Curitiba, os
grafiteiros Michael Devis, Leandro e Luciano Ventura e Neto
Vettorello deixaram suas marcas em um paredão do Museu
Municipal de Arte – Portão Cultural. A ação ocorreu no sábado
(6), em meio às outras atrações do evento. Entre os debates, as
sessões de autógrafos com os artistas internacionais e as
exposições, o live paint do muro chamou a atenção dos
visitantes.
Dois dos desenhos
feitos na parede remetiam à personagens famosos dos quadrinhos, os
outros três são criações próprias dos artistas. "O muro
agora é um novo espaço do museu", diz Letícia Marcellos,
apaixonada por quadrinhos que estava visitando o MUMA e parou para
apreciar o live paint.
Para Michael Devis,
grafiteiro há 16 anos, pintar o paredão foi um momento muito
importante em sua carreira, pois sua arte fará parte de um museu.
"Isso vai mostrar ao público que a arte urbana é tão
importante quanto as artes clássicas", comenta o artista de
rua. O trabalho dele é inspirado nas lolitas (jovens típicas
japonesas com um visual diferente) dos mangás, arte que aprendeu
quando morou no Japão.
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Os instrumentos usados pelos artistas de rua. |
Um dos principais
objetivos dos grafiteiros é mostrar a beleza de enfeitar a cidade
com os grafites, para tentar diminuir o preconceito. E pintar o muro
de um museu é um grande passo.
Leandro Ventura,
grafiteiro há 8 anos, já sabe como lidar com o preconceito de boa
parte da população. "Quando fazemos um grafite eu percebo que
o preconceito é menor, isso porque são desenhos, são coloridos,
bonitos e enfeitam a cidade. Porém quando o assunto é pichação
(rabiscos geralmente pretos e foscos) a coisa fica séria. As pessoas
te olham estranho e não entendem que para nós também é uma forma
de arte", finaliza o rapaz, que também é estudante de design.
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Michael Davis trabalha em seu grafite no muro do Portão Cultural. |
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