quinta-feira, 25 de junho de 2015

Professores de Jornalismo do UniBrasil participam de eventos em festival de cinema

Paulo Camargo discute importância dos clássicos. Foto: Clayton Rucaly.

 Docentes, que estiveram no evento representando o site A Escotilha, debateram rumos da crítica de cinema no Brasil

Por Clayton Rucaly

Professores de Jornalismo do UniBrasil - Centro Universitário marcaram presença na programação do Olhar de Cinema - Festival Internacional de Cinema de Curitiba. No dia 15 de junho, Paulo Camargo e Rodolfo Stancki participaram de debates sobre crítica de cinema na Livraria Cultura, do Shopping Curitiba. 

Os dois acadêmicos participaram das atividades representando o site A Escotilha. Stancki participou da mesa-redonda "Critica cinematográfica digital", ao lado dos críticos Luiz Carlos de Oliveira Junior, Ariel Schweiter e Filipe Furtado. 

O publicitário Alejandro Mercado, que também trabalha n'A Escotilha, disse que o evento foi proveitoso. "A principal lição que pode ser tirada é que a crítica em cinema é importante, especialmente como forma de ampliar a visão e as compreensões do filme e do cinema enquanto arte." 

Ao discutir o ambiente digital, o debate deixou uma provocação para o público: como discernir uma boa crítica no ambiente digital, em que todas as pessoas podem acessar ferramentas de produção de conteúdo? "Precisamos ter filtros sobre a profundidade dessas análises, para não ficarmos restritos aos pontos de vista que são iguais aos nossos", diz Mercado. 

Professor Rodolfo discute crítica de cinema digital. Foto: Alejandro Mercado / A Escotilha / Reprodução. 
O professor Paulo Camargo discutiu "O papel dos filmes clássicos na formação do olhar", ao lado de Pablo Villaça, Pedro Plaza e Willian Bagioli. No início da discussão, os participantes comentaram que um clássico é definido assim por diversos fatores, como a mensagem, a periodicidade e a qualidade do produto. 

Outro tema apresentado pelos debatedores foi o hábito "vira-lata" dos brasileiros ao não valorizar o cinema nacional. Isso é ainda mais enfático nas produções independentes, que desaparecem diante dos grandes títulos de Hollywood e da Globo Filmes. "O cinema brasileiro tem desafios. Esse não é um problema endêmico, mas a verdade é que a arte é desvalorizada aqui e é preciso lutar para sobreviver", avaliou o docente do UniBrasil.

Camargo também vê com olhar positivo o modo como o cinema tem ganhado importância na vida das pessoas. "Mais do que nunca, as pessoas têm acesso aos filmes feito por brasileiros e os meios de comunicação estão divulgando com mais ênfase nosso cinema", concluiu.

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