quinta-feira, 25 de junho de 2015

Bang Bang foge dos padrões convencionais

Filme satiriza gênero policial. Foto: Reprodução / Cinemateca Brasileira. 
Produção é um clássico do cinema nacional e, ainda hoje, causa estranhamento em quem está acostumado às produções hollywoodianas. 

Por Clayton Rucaly

Sabe quando sua mente está cauterizada por um tipo de produção cinematográfica e você não sabe absorver algo diferente? Conhece a sensação de ser apresentado a um trabalho inovador e suas ideias se confundirem a ponto de não encontrar conclusão alguma? Pois essas foram as minhas sensações após assistir ao filme Bang Bang (1971), da diretora Andrea Tonacci. A produção é uma história em preto em branco que satiriza uma perseguição policial. Nessa aventura, um homem neurastênico (síndrome em que o paciente está constantemente irritado) se vê envolvido amorosamente com uma bailarina espanhola em meio a uma gangue que o persegue.

O filme é um clássico do cinema nacional e foge de muitos padrões que estamos habituados a ver nas salas de exibição. Isso me causou estranhamento, mas as coisas pareceram se encaixar. A fotografia em preto e branco enfatiza o cenário, especialmente a bela arquitetura de Belo Horizonte. No rosto dos atores, o destaque é a expressão dos sentimentos intensos.

Para um consumidor de produções hollywoodianas como eu, o desconforto durante a projeção foi inevitável.  Precisei me esforçar para analisar o ambiente e não apenas consumir o título. É preciso pensar nos detalhes e se deixar perder. Se for ao cinema ver, por favor, evite cochilar como alguns indivíduos na sessão de exibição do festival Olhar de Cinema.

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