quarta-feira, 5 de março de 2014

Zombie Walk aterroriza curitibanos e atrai cerca de 20 mil participantes

A resistência marcou presença na ZW.
Mesmo com mudança de trajeto e ponto de chegada evento atraiu a maior orla de zumbis desde sua criação

Por Camile Kogus

Folia, marchinhas de carnaval e sambas enredo nunca foram meu forte. Na verdade, sou aquele tipo de pessoa que foge de qualquer manifestação carnavalesca. Por isso, há três anos vou a horrenda Zombie Walk. No último domingo (2), ocorreu mais uma edição desse evento, que atraiu mais de 20 mil pessoas com o mesmo objetivo: curtir o carnaval da maneira mais aterrorizante possível.

Neste ano, cheguei bem cedo. Às 11h40, mais de duas horas antes do início da caminhada de mortos vivos, o local de concentração, a Praça Osório, já reunia uma boa quantidade de cadáveres, em variados estilos de decomposição. Haviam os tradicionais zumbis ensanguentados da cabeça aos pés com roupas rasgadas, mas também havia exemplares exóticos como um Papa medonho.

O pessoal do estande de maquiagem também já estava a todo o vapor “zumbificando” quem tinha pegado uma das 200 senhas para o make. Devido a demanda dos anos anteriores, o sistema de maquiagem funcionou de forma organizada.

A cada minuto a Praça Osório lotava ainda mais, e a variedade de personagens macabros ainda mais. No meio de tanta gente uma pequena Emília do Sítio do Pica-pau Amarelo me chamou a atenção. Ela era a mais nova do trio da família Ribeiro que comparecia a mais uma Zombie Walk.

Acompanhada da mãe e da irmã, a Emília parecia se divertir. “Esse lugar é uma ambiente muito familiar, dá pra você vir com as crianças medo”, afirmou a matriarca da família, que comparece há anos no evento. Outra figurinha que me chamou a atenção foi uma princesinha de vestido verde chamada Rita, de apenas sete anos. “Faz três anos que eu trago ela cá, ela adora”, afirmou sua mãe, orgulhosa.

Pontualmente às 14h30 os roncos das motocicletas de “escolta” tomaram conta da XV, fazendo os mais de 20 mil zumbis urrarem de felicidade. Aí, a caminhada teve início. Era difícil acompanhar o trajeto e ao mesmo tempo fotografar, pois a cada passo um novo personagem aparecia.

Os organizadores cuidaram para que nenhum morto-vivo se perdesse no caminho. Depois de cerca de 50 minutos chegamos ao Paço da Liberdade para a tradicional apresentação da música Thriller, de Michael Jackson. A multidão se amontou para ver o show. Tudo que consegui fazer foi identificar a conhecida jaqueta vermelha do clipe.

Após a breve parada, seguimos cambaleantes em direção à Praça Eufrásio Correa, onde estava ocorrendo os shows do Curitiba Rock Festival, evento paralelo à zombie walk. No caminho, mais zumbis. Só que agora surgiam novas figuras, representando a “resistência”, o grupo de sobreviventes que sempre luta pra não ser infectado.

Chegando ao fim da caminhada, me dispersei da multidão para ver o tamanho do evento. Fiquei espantada quando olhei para o alto da Rua Barão do Rio Branco e vi que ainda haviam zumbis SAINDO do Paço da Liberdade. Mais uma vez, a Zombie Walk me surpreendeu pela organização, originalidade e quantidade de participantes. Serviu para provar que o carnaval curitibano pode ser aterrorizante, mas de um jeito muito divertido.

Veja mais fotos:

Um comentário:

  1. Eu fui um dos que apresentaram o thriller, o cabeludo que estava de camisa branca (rs). Achei muito legal o seu texto, parabéns!

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