quarta-feira, 11 de março de 2015

"Enquanto eu estiver vivo, Deus é testemunha de que haverá Grotesc-O-Vision", diz Paulo Biscaia Filho


Confira entrevista exclusiva dos repórteres Michelle Gaio e Alexandre Greco com Paulo Biscaia Filho, organizador da Grotesc-O-Vision:  

Michelle Você acredita que o  Grotesc–O–Vision é uma alternativa para aqueles que buscam fugir do carnaval?

Biscaia – É uma proposta a se adicionar ao Carnaval, que não precisa ser uma coisa só. Ele pode ser várias coisas. Esta seria mais uma das propostas que o curitibano vai ter durante o Carnaval, obviamente casada com propostas semelhantes como a Zombie Walk, e PsychoCarnival.

Michelle – Ouve um aumento da recepção do público ou o público tende a rejeitar um pouco por ser Carnaval?

Biscaia – Se o público rejeitasse, não estaríamos na terceira edição. Pelo contrário, a ideia do projeto é até cobrada por algumas pessoas. Como ela é produzida de forma independente, só faço se for para compartilhar esse prazer com outras pessoas, ou não teria sentido fazer. Se não fosse legal e ninguém gostasse e se fosse só para eu sofrer não faria, mas como um monte de gente gosta e eu gosto de fazer e então espero que a cada ano ele vá encontrando seu espaço.

Michelle – Você gosta dos filmes exibidos aqui? Foi você quem os escolheu? Como funciona a seleção?

Biscaia – Eu sou o curador da mostra e obviamente trabalho como realizador de cinema de gênero. Sei que é importante encontrar janelas de exibição para esses tipos de filmes que têm dificuldade em encontrar espaço para entrar em contato com seu público. São poucos festivais do gênero no Brasil: há um grande em Porto Alegre e outros espalhados em algumas cidades. Esta é mais uma mostra que não quer crescer tanto. O nosso limite é a quarta-feira de cinzas. É para sempre ser durante o carnaval e em paralelo a Zombie Walk, já que nasceu junto com ela e vai ficar sempre no carnaval.

Michelle – Você acha que por ser um evento independente, ele se torna mais difícil de acontecer?

Biscaia – É mais difícil por não termos um aporte financeiro de patrocinadores, temos que contar com a sorte de ter pessoas unidas que trabalham como voluntárias, que são pessoas maravilhosas e dedicadas que trabalham fervorosamente. Sou muito grato e outros parceiros, como o próprio Teatro Cine Gloriah, que confiou e recebeu este evento, que até então acontecia na Cinemateca e agora mudou de espaço. Apesar de ter a parte ruim de não ter suporte financeiro, tem a parte boa que é encontrar pessoas maravilhosas que fazem de tudo para que o evento ocorra, mas óbvio que vamos atrás de patrocínios para edições futura.

Michelle – Qual a sua sensação quando o evento termina? Você fica satisfeito com o público e com os filmes que traz aqui?

Biscaia – Me sinto muito cansado. É uma gincana. Depois dessa canseira em que digo não vou fazer de novo, sempre mudo e penso: poxa, isso é tão legal, daí já tá começando a virada para o próximo ano e começo a planejar a próxima edição.

Michelle – Então teremos mais edições?

Biscaia – Sempre. Enquanto eu estiver vivo, Deus é testemunha de que haverá Grotesc-O-Vision.

Alexandre – Você vai participar do Mondo Estronho que ocorrerá em junho?

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