segunda-feira, 30 de março de 2015

Espetáculo "Vai e Vem do Bem" discute boas maneiras no trânsito


Apresentação ocorreu na Praça Santos Andrade na manhã do último sábado, dia 28, e contou com bom humor e interações com o público

Por Aléxia Lopes

A montagem "Vai e Vem do Bem", com direção de Alex Wolf, discutiu com o público, de uma forma engraçada e dinâmica,  a importância das leis de trânsito. A apresentação ocorreu no último sábado, dia 28. A companhia responsável pela produção é o Grupo de Teatro UniBrasil - Grutun.

A trama acompanha os personagens Infracionária (uma diabinha que provoca acidentes), Preferencial (um anjo que prega a paz no trânsito), um Guarda de Trânsito, uma vovó sexagenária, uma motociclista maluca e o motorista Zé Depressa. O objetivo do espetáculo é incentivar e conscientizar o público sobre as leis de trânsito e sobre melhorias nas ruas para um fluxo melhor. Além disso, a produção também interage com as crianças.

A professora da Universidade Federal do Paraná Eva do Rocio, 52 anos, que assistia à peça com suas três filhas pequenas, elogia o Festival de Teatro de Curitiba. "As peças, como um todo, são uma oportunidade única. Principalmente as gratuitas, que são super-acessíveis e que só não vem quem não quer ou quem realmente não sabe do festival e/ou da programação em si. É bom para as crianças e é bom para nós pais que podemos proporcionar isso aos nossos filhos. Venho todos os anos e por isso já trago mochila com comida e bebida para as crianças porque ficamos o dia inteiro conferindo as atrações gratuitas."

As escadarias da UFPR lotaram para assistir a peça. Durante a apresentação foi possível ver a dificuldade de levar às ruas uma peça que, normalmente, vemos no palco e em salas de teatro.

O diretor Alex Wolf avalia que o desafio vale a pena. “Para trazer uma peça para a rua precisamos considerar inúmeras variáveis, como por exemplo o tempo. Hoje está um dia nublado e poderia chover no meio. Isso atrapalharia muito. O vento provoca um ruído na emissão da voz dos atores. O barulho das ruas também. Às vezes, os mendigos entram no meio da peça e querem participar também. Já tivemos uma experiência em que um morador de rua entrou no meio de uma apresentação e pediu uma das atrizes em casamento. Então nós temos que nos preocupar com muitas coisas quando se trata de teatro nas ruas."

Mesmo com um atraso de 20 na apresentação, Wolf acredita que o público se divertiu com a peça. “O fato de estarmos, de uma certa forma, mais perto da plateia é o legal de levar nossas peças às ruas. Essa aproximação e a interação com as pessoas nos faz mais motivados e também é gratificante, pois todos aplaudem e riem. Acho que o mais importante da rua é levar a mais pura essência do teatro às ruas. O espaço mais democrático para a arte é a rua."

A auxiliar administrativa Camila Schiserle, 34 anos, também assistiu à peça e gostou do que viu. “Mesmo que tenha uma pegada infantil, o tema é muito sério. A imprudência de hoje em dia é complicada. Minha filha adorou e já temos várias outras peças programadas para assistirmos. Fazemos questão, eu e meu marido, de trazê-la sempre que podemos. Para as crianças é muito importante aprender coisas novas, se habituar aos assuntos importantes e interagir com as peças. É muito gostoso participar”, diz..

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