domingo, 20 de julho de 2014

"Gabrielle" é um drama emocionante e poético sobre a descoberta do amor

Cena do filme "Gabrielle".

Por Noele Dornelles

Ao entrar no cinema para ver o longa-metragem Gabrielle, o que me chamou a atenção foi ver a quantidade de idosos na sessão. “Gosto de ver filme”, revelou espontaneamente a aposentada Lurdes Moura, de 65 anos. A sessão fez parte de uma parceria do festival Olhar de Cinema com a Fundação de Assistência Social (FAS), que levou o time da terceira idade para conferir a obra.

O drama começava com uma música de coral para, depois, apresentar a protagonista. Gabrielle é uma menina que tem síndrome de Willians, um raro distúrbio neurológico. As pessoas que sofrem com a doença apresentam um comportamento alegre e tem facilidade de falar com estranhos.

A jovem mora num centro de apoio, junto com outros deficientes. Ela anseia por independência e sonha em morar sozinha. No coral, do qual faz parte, ela se apaixona por Martin, que também tem a síndrome e, aos poucos, eles vão se descobrindo. 

O filme retrata a luta pela independência, a inclusão social e o direito por vida normal. Gabrielle precisa confrontar as suas limitações na esperança de conseguir viver um amor. Além das dificuldades naturais, ela também precisa enfrentar sua família, que teme pelo novo relacionamento.

Algumas coisas não ficam muito bem explicadas no filme, como o fato de Gabrielle morar no centro de apoio e não ter espaço na casa de sua própria família. Mesmo assim, espectadores como a estudante Eduarda da Silva,17 anos, parecem ter gostado do filme. “Ele fez pensar o quanto somos preconceituosos em relação às pessoas que tem deficiência”. Contra esse preconceito, a diretora Louise Archambault deu o primeiro passo. Para viver Gabrielle, ela escalou Marion Rivard, que porta a mesma síndrome da personagem que interpreta.

Veja o trailer do filme:

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