terça-feira, 22 de julho de 2014

Sheep testa linguagens cinematográficas

Cena do filme Sheep. Crédito: reprodução. 
Com cenas repetitivas e longas, produção apresenta uma trama cansativa e confusa, que tesa a paciência dos espectadores

Por Sara Erthal

O filme francês Sheep teve duas exibições no festival Olhar de Cinema nos dias 30 de maio e 02 de junho. A trama se passa em uma pequena cidade litorânea, onde pouca coisa acontece e poucos personagens aparecem. Trata-se de um lugar pacato, uma cidade habitada por cães e por um pequeno grupo de amigos. Esse universo é o centro da narrativa sobre um garoto fechado que sempre acompanha seus amigos nas brincadeiras. Sua rotina consiste em acordar todas as manhãs para receber a remessa de peixes frescos com os outros funcionários.

Após um grande acidente, a história muda de rumo e o garoto passa a morar com seu tio em uma cidade distante. Depois de sair de cena, o foco de Sheep passa a ser a vida de seus amigos e como é o desenrolar da história de cada um. A trama deixa várias pontas soltas, o que dificulta a compreensão dos espectadores. 

Sem muito sentido, a câmera demora a mudar de cena. Como consequência, o filme traz a sensação das horas jamais passarem. “Estamos acostumados com filmes americanos, de ação, cheios de cores e sons, quando nos deparamos com um filme frances é normal haver certo estranhamento. Mas acho que essas produções deveriam ter histórias mais interessantes, de fácil entendimento e uma linguagem mais simples”, reclamou uma senhora ao sair do cinema.

O filme analisado deixa o espectador com a sensação de que muita coisa não é para ser entendida. Várias cenas acabam sem explicação, o que nos leva a imaginar justificativas. A trama expressa a vida monótona e solitária de um garoto, mas isso se reflete nas filmagens e na linguagem do longa-metragem.

Veja o trailer do filme:

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