terça-feira, 21 de abril de 2015

Bumba Meu Boi, uma divertida história de amor


Espetáculo de rua tem elenco grande para adaptar o folclore de bumba meu boi para uma história de amor

Por Giovanna Moreira e Camila Souza

Fotos de Mellanie Anversa

A peça "Bumba meu boi", apresentada na manhã do sábado do dia 4, na praça Osório, agradou públicos de todas as idades. Um grupo de teatro de Espírito Santo veio a Curitiba apresentar a lenda de bumba meu boi. A peça contava com oito atores, todos caracterizados e com rostos pintados, de uma forma bem divertida. Como é peça de rua, as pessoas tinham liberdade de assistir e sair a qualquer hora, mas os personagens e a história chamaram a atenção das pessoas e principalmente das crianças que ali passavam. 

"Bumba meu boi" é uma divertida história de amor. A peça conta sobre Chico, que trabalhava em uma grande fazenda e recebe um boi para cuidar. O Coronel, seu patrão, adorava aquele boi, para ele o boi era especial, além de ter custado muito caro, era muito bonito. Chico é casado com Catirina e ela está cheia de desejos, pois está grávida. E naquele dia, ela estava com vontade de comer língua, mas não era qualquer língua, era língua de boi. Chico seu marido, disse que faria qualquer coisa por amor à ela e seu filho. Então Catirina pediu para Chico arrancar a língua de um boi, e ele com medo de seu filho nascer com cara de língua de boi resolve pegar o boi do Coronel. Catirina recebeu a língua de boi, mas pede para o Chico devolver o animal. Como o boi estava morto, Chico, desesperado, resolve procurar um médico para curar o boi, pois se o boi não estivesse na fazenda, o Coronel colocaria o Chico e a Catirina no tronco. Mas a ajuda do Doutor não adiantou. Ainda com muita esperança e medo do Coronel e do Capataz, Chico resolve fazer uma oração para o boi. De repente uma voz diz para Chico que dele deve orar no ouvido do boi, que ele ia ressuscitar. 

Os atores em todo momento interagiam com o público, tentando fazer com que a plateia participasse do teatro. Após terminar a peça, o diretor Carlos Olla nos contou um pouco como é fazer teatro de rua: “quando a gente vai pra rua, tem uma comunicação muito mais direta com o público. No palco você sabe que nada de diferente supostamente vai acontecer, mas na rua é tudo muito inseguro, muito instável, desde o tempo se esta chovendo ou se começar a chover na metade do espetáculo ou se passa um cachorro ou se alguém interfere. Isso é muito legal porque você tem que aprender a conviver com todas essas situações". Ao final da peça, Olla ainda explicou que Benedito era o nome que o padre dava a todos os meninos que nascem naquela região e Maria para as meninas. 

Katia Ramos, de 35 anos, é professora de educação infantil e disse à equipe do Capital Cultura que é segundo ano que ela vai ao Festival de Teatro, mas que esta é a primeira vez que assiste à peça "Bumba meu boi". “Eu gostei da peça, achei ela bem interativa”, comenta.

Veja mais imagens da peça:


Veja um trecho do espetáculo "Bumba Meu Boi":

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