segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Como de costume, cosplays marcam presença na Gibicon


Família cosplayer participa da Gibicon.
As grandes atrações do evento tiveram que dividir a atenção das quase 20 mil pessoas que passaram pela Gibicon, com os cosplays

Por Camila Nichetti


A cultura pop japonesa faz parte do cotidiano de muitas pessoas por todo o mundo. Nos dias atuais, os cosplays - hobby que consiste em fantasiar-se de personagens oriundos dos quadrinhos, games e desenhos animados japoneses - são uma das demonstrações mais explicitas de apreço às obras da cultura pop. A prática do cosplay também engloba personagens pertencentes ao vasto universo do entretenimento, como filmes, séries de TV, livros e animações.


Em todos os eventos que envolvem algum desses segmentos, é tradicional que diversas pessoas apareçam vestidas com trajes de seus personagens favoritos. E não foi diferente durante a terceira edição da Gibicon realizada no último final de semana no Museu Municipal de Arte (MuMa).



O "cosplayer" por vezes é visto como uma pessoa excêntrica, mas basta conhecer um pouco mais sobre esse universo para perceber que seus praticantes revelam-se pessoas comuns, que tem um dia-a-dia tão normal quanto qualquer outro. Fábio Reis, 34 anos, e sua esposa Andressa de Lima, 20 anos, fazem os personagens “Mestre Saga” e “Hilda de Polaris” dos Cavaleiros do Zodíaco há um ano e meio. “É mais gostoso se vestir a caráter. Tiramos muitas fotos, recebemos muito carinho e admiração e, além disso, homenageamos um personagem que gostamos”, diz Fábio. Para Andressa, o cosplay serve como uma fuga da rotina diária. “Eu trabalho em um escritório, então é tudo certinho e regrado. Com o cosplay, consigo fugir de tudo isso e ser quem eu quiser”.

Sair da rotina também é o principal motivo que leva a estudante Bruna Vizolli, de 17 anos, a se vestir como “Gladus", do jogo Portal. “O que eu mais gosto é assumir uma personalidade que não é minha. Nem que seja por um dia, eu esqueço todos meus problemas e vivencio outra vida”. Já para o ator amador Jean Felipe Benevides Rebicki, 22 anos, que faz "Loki", o senhor nórdico do mal, o cosplay serve para relembrar a infância. “Quem nunca sonhou em ser super-herói ou o vilão de uma história em quadrinhos? Todos já tiveram esse desejo. O cosplay serve para colocar isso em prática e se transformar naquilo que você gostaria de ser um dia”.


Em família


Jéssica Paes, 30 anos, participa de eventos sobre quadrinhos desde 1996. Nesta edição da Gibicon, foi de Lara Croft e levou toda a família para prestigiar o evento. “Meu marido também faz cosplay e agora estamos ensinando nosso filho Davi, de apenas seis anos, que já adora se vestir de Naruto”. Atualmente, Jéssica ministra cursos para quem deseja se tornar um cosplay. ”Nós ensinamos como produzir as roupas dos personagens, como identificar as características de cada um para imitar com perfeição e ainda passamos alguns princípios da cultura japonesa, como disciplina, hora e perseverança”, finaliza.


O marido de Jéssica, Wellington dos Santos Capile, 28 anos, é mecânico industrial e faz o Scorpion, um dos personagens mais populares da série de vídeo-game Mortal Kombat. “Inicialmente foi uma brincadeira de amigos e eu acabei gostando e agora faço o Scorpion há seis anos”.

Novos personagens

É possível também inventar um personagem, como é o caso da estudante Carolina Ferrari, que inventou a personagem “Nyx”, uma caçadora de vampiros e assassina de aluguel. “Eu sempre admirei quem fazia, mas nunca tive coragem. Mas conheci um grupo pela internet, me identifiquei, comecei a fazer e não quero parar de fazer cosplay tão cedo”.

Para o servidor público Joceli Right, 44 anos, a motivação para criar o “Justiceiro Joceli” foi outra. “A violência estava aumentando em Florianópolis e nós queríamos chamar a atenção das autoridades para o assunto, foi ai que surgiu a ideia do Justiceiro Joceli. Mas aí a história acabou tomando corpo, as autoridades voltaram seus olhares para a segurança pública, ou seja, alcançamos nossos objetivos”.

Veja mais fotos de cosplayers durante a Gibicon:


Nenhum comentário:

Postar um comentário