segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Processo de edição em pauta durante a Gibicon

Debate sobre edição de quadrinhos ocorreu no Cine Guarani.
Mesmo com pouca divulgação de quadrinhos no país, profissionais ainda se sentem realizados ao trabalhar na área

Por Sara Erthal


No terceiro dia (07) de Gibicon - Convenção Internacional de Quadrinhos de Curitiba, o Cine Guarani reuniu grandes editores como Claudio Martini (Zarabatana), Guilherme Kroll (Balão) e Sidney Gusman, editor da MSP (Mauricio de Souza Produções) e um dos maiores especialistas em quadrinhos do Brasil. Durante o bate-papo, foi comentado sobre o processo desafiador de planejar, desenvolver e viabilizar quadrinhos no país. Em conversa com o público, os profissionais puderam expor sua experiência na carreira e afirmar que apesar de toda dificuldade existente no meio. Além da satisfação que sentem ao trabalhar com o que gostam, o que os motiva a transpor qualquer obstáculo. 

Para os amantes dos quadrinhos que pretendem seguir o ramo, os editores ressaltam a importância da ousadia em criar. Para ser um quadrinista importante no mercado é preciso desenvolver seu trabalho e divulgá-lo o máximo possível, além de ser criativo, original e flexível o suficiente para agradar a todos os públicos. 

O trabalho do editor, por sua vez, consiste em organizar e definir como serão inseridos os quadrinhos na página. Assim como qualquer área do ramo, é preciso grande atenção e cuidado. Um erro pode danificar a aparência ou até mesmo a história em si. Por mais que muitos não compreendam exatamente como funciona o trabalho do editor, a importância dele está presente em cada página dos HQs. Cabe a ele, transformar a junção da história e do desenho em harmonia para o leitor.

Crise

Em entrevista ao Capital Cultura, o editor Sidney Gusman, formado em jornalismo, comentou sobre a importância de eventos como a Gibicon. “É sempre muito bom ver seu material ser reconhecido e apreciado. É de muita alegria ver um evento com o número de público que estamos tendo. Esse retorno e aumento de visitas nos mostra que o trabalho está sendo bem feito. Ninguém volta a um restaurante se não tem comida boa”, brinca. “Acredito que esse é um momento para muitos mostrarem seu talento e divulgarem seu trabalho.”

O editor também comentou sobre o recente fechamento de bancas de jornais, que viabilizavam o comércio de histórias em quadrinhos. “Realmente tivemos um grande número de bancas fechadas, mas assim como o jornalista, temos que nos adaptar aos novos meios. Isso revela a eficácia do profissional e sua qualidade de se ajustar às mudanças.”

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