segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Mesa debate a produção profissional de tirinhas

Chargistas discutem formato de tiras na Gibicon. 

Discussão reuniu profissionais que trabalham em jornais e na internet. Autores comentam dificuldade do formato e como conseguir sucesso nessa área


Por Altair Silva

Um dos debates da Gibicon - Convenção Internacional de Quadrinhos de Curitiba foi dedicado às tiras - formato menor de quadrinhos que resume um assunto ou contexto da atualidade. Como participantes presentes estavam os chargistas Benett, que trabalha para a Gazeta do Povo e para o jornal Folha de São Paulo, Carlos Ruas, blogueiro no site Um Sábado Qualquer, Pryscila Vieira, Luli, Fábio Coala e Vitor Cafaggi.

Os autores falaram sobre o espaço que se tem para trabalhar com tiras no Brasil. “Há muita diversidade. Hoje em dia a gente tem acesso a tudo com mais facilidade, e é assim para o autor. Sou bem otimista”, comenta Cafaggi

Pryscila Vieira, chargista da Folha de São Paulo, diz para os iniciantes na área investirem no próprio traço e ter determinação. "Mostre os trabalhos aos editores, participe de concursos e os exponha na internet.Faça tudo que puder. Mesmo que não dê dinheiro, faça por vontade, por gostar. Mesmo que não goste de rede social, crie contas para poder divulgar seu trabalho."

Carlos Ruas, blogueiro do site Um Sábado Qualquer, diz que é difícil fazer charge diariamente, pois você tem que pensar muito e a charge tem que sair de qualquer jeito. Portanto, a pressão e a cobrança fazem parte. Por isso, ele procura aproveitar o máximo seu tempo. Ruas fala que costuma agilizar seu trabalho. "Eu vim de avião para cá [ele é do Rio de Janeiro], fiquei meia hora no aeroporto e pensei em fazer tiras. Nesse tempo, criei cinco. Fiz para a semana inteira”.

Já Benett, com muito humor, comenta sobre como faz para ganhar tempo. "Uso um método bem cretino para isso. Hoje, por exemplo, eu mandei para o jornal uma bem antiga, de 2009”. Indagado sobre se algum leitor percebe quando ele envia uma charge repetida, ele disse que até hoje nunca aconteceu.

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