segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Mesa debate mercado de quadrinhos na Europa

José Aguiar participa de mesa que abriu a programação da Gibicon.
Chargistas falam dos hábitos de leitura dos brasileiros e sua relação com os quadrinhos

Por Altair Silva


Na abertura das mesas de debates do Gibicon - Convenção Internacional de Quadrinhos, os ilustradores José Aguiar e Laudo Ferreira falaram sobre o mercado dos quadrinhos na Europa e no Brasil. Os convidados discorreram sobre suas experiências no mercado de histórias em quadrinhos no continente europeu e no país. André Diniz, terceiro autor convidado da mesa, não pode estar presente.

Para José Aguiar, criador e charginista no suplemento Folhateen "Quadrinhofilia", no Brasil estamos aprendendo a fazer os festivais de quadrinhos, que tendem a atingir um público cada vez maior. Aguiar diz que nos três eventos que participou na Europa, ficou impressionado com a variedade de gibis nas feiras, sem contar com a demanda do público, que é grande.

Ainda segundo o autor, o crescimento do mercado faz com que a cultura do Brasil tenha cada vez mais respeito no ramo. “Esse momento em que vivemos nos dias atuais no Brasil é o melhor, pois dá mais autonomia aos chargistas”, afirma, com referência à liberdade de expressão.

José Aguiar disse durante o evento que a grande dificuldade que se enfrenta no Brasil é a falta de leitura, pois influencia na venda e tiragem dos gibis; o que na Europa a leitura não é problema, pois alguns gibis alcançam 25 mil exemplares em uma tiragem, reflexo do hábito de leitura, que lá é maior.

Hábitos de leitura

De acordo com uma matéria publicada e atualizada em abril deste ano no portal UOL, de 2009 até 2012, o índice de leitura dos estudantes no país tem caído, com base nos números do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa).

No primeiro ano citado acima, o país conseguiu atingir 412 pontos; já na última avaliação o país atingiu 410 - o que deixa o país em 55º no ranking de leitura da Organização Para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

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